Numa conversa whatever com minha amiga
Clorofila no msn, estávamos falando de um universo perfeito no Palmeiras, no quesito administrativo e/ou futebolístico. Uma das coisas que concordamos (são poucas) é que o universo da bola no Brasil está um verdadeiro berço de crianças mimadas que fingem ser profissionais.
Todos nós sabemos que xingamentos da torcida, briga por salários atrasados é tão normal ao longo dos anos (desde que o futebol é futebol) quanto perder penalty em jogo decisivo, jogador pipocar em finais ou com a camisa da seleção, jogador não vingar em um clube grande etc.
Para não estender muito pegarei três exemplos: Adriano, Love e Diego Souza.
Adriano ficou todo deprê com a morte do pai (justíssimo) e viveu dentro de um luto que fez com que não se sentisse bem na Europa (Itália). Veio ao Brasil para reencontrar seu eu interior e seu prazer na vida em detrimento a vida que levava lá na velha bota.
Vágner Love fica esquecido na Rússia, nunca mais é convocado para a seleção e vem para o Palmeiras por empréstimo de um ano para mostrar seu futebol que o levasse a Copa de 2010.
Diego Souza rodou times grandes no Brasil, foi à Europa (Portugal) não vingou lá e na sua volta ao Grêmio fez uma ótima Libertadores pelo time e foi vendido ao Palmeiras (primeira aquisição da Traffic para agradar a torcida e diretoria) numa esperança de enfim vingar no futebol.
Os três têm talento indiscutível e condição de ser ídolo e craque nesse pobre futebol atual.
Porém, os três buscaram outros meios de tocar sua carreira.
Adriano faz o que quer no Rio, não treina direito, está acima do peso, parece não está querendo mais nada com nada no futebol, tem uma diretoria aos seus pés e vira e mexe joga uma conversinha para imprensinha comprar fazendo-no de coitado. Na última terça-feira, pós convocação, o ex-Imperador ficou de fora da lista do Dunga para a copa que começa daqui a quase um mês. Adriano fez e desfez tudo que lhe garantia uma vaga cativa na seleção. E a maior preocupação de todos, inclusive a imprensa, é saber como a criança mimada iria lidar com a rejeição da seleção.
Peralá... o cara apronta tudo no Rio de Janeiro, desrespeita uma imensa torcida, a história de um clube grande do futebol mundial e os caras ficam com dó do cidadão?
Na boa, alguém aqui falta no seu trabalho 14 vezes em 5 meses e meio sem a menor satisfação aceitável pelas Leis Trabalhistas ele pode se sentir seguro e recebe passada de mão na cabeça pelo chefe?
O Diego Souza depois de não aceitar críticas da torcida do Palmeiras, pós mais um jogo de sumiço de campo do jogador, mostra o dedo do meio e a xinga. Diego Souza está mal desde metade do segundo semestre do ano passado, sugerindo por parte da torcida um sentimento de que o mesmo estaria vendido e tirando o pézinho dos objetivos do time. O jovem Diego não parou em nenhum dos times grandes que jogou, saiu pela porta do fundo de todos, tem um grande talento que não é acompanhado pela cabeça de bagre que tem.
Tanto Diego quanto Adriano poderia, e tem talento para isso, se tornar um grande nome na história dos seus clubes, mas preferiram buscar o desdém e o foda-se.
E o Love?
Bem... o Love prefere em menos escala ligar o foda-se para a história e amor à camisa para buscar seus objetivos próprios. Seja no Palmeiras (onde deu uma desculpa vagabunda para sair do clube, onde criou de propósito uma péssima fase), CSKA e Flamengo. Ao contrário dos outros dois, Love, parece gostar de meter caixa, de fazer gol e ganhar os jogos sempre. Porém, também não conseguiu o que buscou no Brasil: a vaga na copa
E o clube com isso?
Os seus responsáveis (diretores e presidentes) estão mais preocupados em salvar sua pele através das esperanças que esses jogadores proporcionam aos clubes do que peitar esses caras. Os gestores (palavra do momento) não pensam no clube de futebol como uma empresa onde os jogadores e todos que fazem parte dessa máquina têm compromisso e deveres. Sim, todos! Até os diretores que não correspondem às expectativas.
Ah cadê o projeto que vocês está me devendo a 3 meses? Não vingou? Rua!
E o sócio-torcedor que não vingou? Não tem solução? Ou busca ou rua, meu amigo.
Como dito anteriormente, em qualquer empresa no mínimo séria, os comportamentos desses três jogadores seriam motivos para justa causa ou afastamento.
Aí, você me pergunta, mas eles não foram?
Em parte. Aí que está o problema da coisa.
O jogador sempre sai como bonzinho (com exceção do rolo da final da Copa do Brasil de 2001 nos gambás onde o Ricardinho saiu como vilão). A culpa sempre é da torcida que xinga o jogador, da diretoria que não paga o salário ou da imprensa que pega no pé.
Falta pulso firme e sério daqueles que gerenciam a empresa, onde os sócios e maiores interessados são a torcida, para deixar claro reais palhaçadas desses malas. Ligar o botão foda-se que os jogadores insistem em ligar. Usar do método? Custa tanto e só aceito isso, isso ou aquilo. Senão nada feito.
Para de ser feito de otário por esses filhos das putas e qualquer um que venha a foder a imagem do Flamengo, Palmeiras ou Juventus da Mooca.
A diretoria do Palmeiras está pecando no maior problema da era Belluzzo: jogar com clareza com àqueles que realmente se importam com o clube...
O torcedor!
É uma pena que ainda lidamos com crianças mimadas!