Olha, não sou muito de sair por aí copiando as coisas que saem na midia palmeirense, no máximo que faço é uma citação das mesmas. Mas depois do jogo contra o Grêmio, Flamengo, a briga no aeroporto e a putaria do nosso comandante resolvi postar dois textos que retratam fielmente o que passa pela minha cabeça sobre esses assunto. Boa leitura e boa cornetagem...
Forza Palestra
Sobre derrotados e vencedores
Como em todo o restante do material que os senhores podem encontrar neste blog, falo por mim – e só por mim –, mas essencialmente sem o oportunismo barato que caracteriza aqueles que só sabem aparecer na hora de comemorar. Eis o que temos:
Mais do que tudo, preocupa entrar no Palestra já com o peso da derrota sob as costas – e eu deixei para subir a escada apenas ao término do Hino Nacional, pois queria sentir isso o menos possível.
Foi então que olhei para aquele grupo de jogadores com o desprezo que se dedica aos derrotados, pois é isso que eles são, a começar pelo treinador e feitas as três exceções de praxe, logo os dois que foram às redes e o santo que deixou um zero no placar.
É natural pensar assim, pois eles conseguiram sair dos sete pontos de vantagem após a heróica vitória no Mineirão para a atual desvantagem de sete pontos. Inacreditável? Bom, ficou mais fácil de entender ao assistir, ainda na minha casa, à vitória leonor em São Januário. Já fora assim no Canindé, in loco, duas semanas atrás, quando, a bem da verdade, senti a derrota, mais até do que no Palestra, no Maracanã ou na minha casa.
E o resultado de ontem foi claramente mais dramático, pois levou também ao rebaixamento do Vasco. Triste que tenha sido assim, mas parecia mesmo inevitável. E por mais que seja possível, é pouco inteligente argumentar contra algo chamado competência.
A competência, no entanto, ocorre dentro de campo - e não nas arquibancadas leonores - e tem como complementos toda a já conhecida sujeira dos dirigentes, o apito bambi, o apoio midiático e tudo aquilo que é dito neste e em outros blogs.
Se a competência não pode ser contestada, é necessário reforçar que a genética oportunista desta gentalha desponta mais uma vez. Vejam vocês que as meninas ficaram caladas o campeonato inteiro, em silêncio e sem dar muita importância para nada, para então aparecerem no final, enchendo a boca para festejar algo que não fizeram por merecer. Bastante típico.
É a geração vitrine. Gente baixa, sem escrúpulos, sem dignidade. Gente forjada em tempos perdidos, de valores morais deturpados e em que o caráter de uma pessoa conta pouco. Gente que desconhece a própria história e vive do esforço alheio, pois só o que se valoriza é a conquista a todo custo. Gente sem alma. Sub-raça mesmo.
Ontem, no Palestra Itália, havia um grupo de derrotados dentro de campo, mais alguns à beira dele e outros tantos nos camarotes. Mas havia também vencedores, poucos no gramado e milhares do lado de fora, na arquibancada, no Visa, nas numeradas. E mesmo quem não pôde ir, mas fez parte da campanha, acreditando desde o início, mesmo contra o boicote interno.
Acredite, palestrino: eu, você e todos os que fomos ontem ao Palestra somos muito mais vencedores do que 80% dos oportunistas que devem ir ao estádio do Jd. Leonor no próximo domingo - e mais do que esse imbecil que trabalha com você e resolve agora falar besteira depois de passar o campeonato todo ausente.
Mais vale defender um ideal e manter a dignidade na derrota do que fazer número em uma massa alienada, que comemora algo sem lutar.
Palmeiras 2x0 XV de Jaú
[...] foi com gols de Kleber e Pierre que o
Verdão venceu o Ipatinga por 2x0, voltou a ocupar um lugar no G4 e a postular uma vaga à Libertadores, que é apenas o plano B. Foi um jogo absolutamente sem graça. Admito que mal vibrei nos gols. Ganhar do Ipatinga não é nada mais do que a absoluta obrigação. Só haveria alguma chance de empolgação se o time desse show, como aquele de 96, sob o comando de um certo Luxemburgo, que pegava um time fraquinho pla frente e era de 6 pra cima.
Mas a falta de vibração é evidente. A rapaziada ainda não absorveu bem o baque da perda do título, e a frustração é indisfarçável. Pra completar, o time voltou a entrar mal escalado. Luxa insistiu em escalar três zagueiros, e entre Elder Granja e Fabinho Capixaba, entre Nhô Ruim e Nhô Pior, optou por aquele que pelo menos vai à frente com mais freqüência, por ter alguma velocidade. Mas Nhô Pior, quer dizer, Perivaldo, ou melhor, Fabinho Capixaba não tinha acertado um único cruzamento no campeonato. Hoje, acertou o primeiro, e foi justo o que o voleio de Kleber falhou - seria um golaço.
E Pierre, coitado, mais uma vez ficou naquela função que claramente vai mal, porque dá o primeiro combate só por um lado do campo e ainda tem que sair jogando, coisa que não é seu forte. E era disparado o pior em campo, quando achou uma bola espirrada e guardou um golzinho, pra salvar sua noite, Ainda bem, Pierre não merece sair como o pior do time porque entra mal escalado.
De resto, mais uma atuação muito legal de ver do Kleber. Dá gosto de ver esse cara jogar. O problema é que o palmeirense não quer saber de ter como maior ídolo um cara raçudo, embora essa qualidade tenha que ser valorizada no futebol de hoje. É que a camisa do Palmeiras é mais que raça. Se tivéssemos 11 Klebers no time, seria melhor do que é hoje, poderia até ganhar o campeonato, mas não é a cara do Palmeiras. Precisamos de um maestro. Senão, vai ser esse time com cara de década de 80.
Diego Souza era a grande aposta para este segundo semestre. Hoje, ficou no banco e não entrou. Com a saída de Valdivia, era de se esperar que o grande líder do time fosse Diego, que jogou sacrificado enquanto o chileno estava no time, e depis de sua saída finalmente conseguiu o espaço que precisava para brilhar. Mas não brilhou, em parte por seu próprio mau desempenho técnico, em parte pela incapacidade do técnico em fazer o grupo funcionar em função dele - técnico que avalizou a saída do chileno, afirmando que não faria falta exatamente pelo esperado crescimento de Diego.
Luxemburgo fez três modificações hoje. Com a necessidade da saída de Roque Junior, ele colocou o Jeci, mantendo o esquema meia-boca. Podia ter colocado o Denilson, ou o Diego Souza, pra fazer um monte de gols - ou pelo menos tentar. Bem depois, faltando menos de 15 minutos, é que colocou o Denilson no Evandro, quando o Ipatinga já tinha um a menos. E a cereja no bolo foi Leo Lima no Kleber a menos de 2 minutos pro fim. Leo Lima quase fez um gol contra num escanteio. Só um detalhe: Leo Lima e Denilson têm contrato por produtividade, mas deve ser só coincidência.
Depois do jogo, a entrevista de Vanderlei Luxemburgo, foi elucidativa. Após vencer o Ipatinga, ele se sentiu bastante à vontade para criticar o episódio do aeroporto, e colocou toda a culpa do resultado negativo no Rio nesse acontecido. Falou, fez biquinho, disse que está triste, e o discurso foi claramente preparatório para pular fora do barco. Quanto a isso, duas observações: 1) Se não ganhasse do Ipatinga hoje, ele sequer tocaria no assunto do aeroporto, e 2) Antes do jogo contra o Flamengo, à beira do campo, ele não demonstrava essa "tristeza" toda. Nosso treinador está puxando o carro e está usando todos os seus álibis.E querem saber? Se é para bancar o manager, não serve. O clube é que não vai arcar com a multa rescisória. Mas através da Diretoria de Futebol pode, e deve, exigir que ele cumpra sua função de treinador, e apenas treinador. E se ele não aceitar, que peça as contas e volte para o Santos, ou pra onde quiser. Queremos o Luxemburgo focado, dando treino, estudando adversário; queremos aquele técnico
que ganha jogo, a comissão técnica mais cara do país dando resultado.
Hoje Luxa estava sentadinho, quietinho, assumidamente desmotivado. Os reservas, encostados na placa de publicidade, só de vez em quando davam um piquezinho. Nem o Melo parece que tá com vontade de trabalhar. E o time caindo de produção fisicamente no segundo tempo a olhos vistos, todo jogo. Se é assim, peçam as contas. Com o dinheiro que se paga por mês pra essa turma, dá pra trazer DOIS meias de primeiro escalão, pra ganhar a Libertadores, e sem recorrer à Traffic.
Ou então, meu caro Luxemburgo, volte a ser o velho Luxemburgo. Em seu discurso, você evocou sua história no clube, sua trajetória bonita e vencedora, mas nesse passado você não se metia a manager. Este ano você ficou devendo, meu chapa. E se mantiver essa postura em 2009, vai falhar de novo, e daí vai arrumar outro episódio qualquer como álibi para seu fracasso. Assim não queremos.
Luxa, volte a ser técnico, e você ainda será muito feliz no Palmeiras. Ou então, vaza.
Um comentário:
E ai maluco????
Tava vendo teu blog e não vi teu nome. Tb sou palestrino, e acabei de ler um post do "cruz" falando do projeto de lei do mané do Azeredo. De acordo com ele, vc acaba de cometer crimes. Acesse o blog dele e confirme...rsssss
Por falar em blog, se quizer add o meu eh http://www.binoculoverde.blogspot.com/
Grande abraço;
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