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Até quand(t)o vale a tradição?


Uma das mais tradicionais seleções do futebol mundial mudou seu fornecedor depois de 36 anos. A seleção Francesa trocou uma multinacional por outra.


"A Nike venceu a queda-de-braço com a Adidas, sua principal concorrente. A empresa alemã era a patrocinadora da França desde 1972 e destinava US$ 14,8 milhões (R$ 25,2 milhões) por ano à federação, segundo o jornal 'La Tribune'."


A Adidas deixará de estampar a camisa dos Bleus a partir de 2011 e cederá espaço para sua maior concorrente mundial, a Nike.
Caro Carcamanos, nada contra a troca de uma pela outra, é claro que hoje, no dito e papagaiado futebol moderno o que realmente importa é o tutu, a bufunfa, o ajuda pedreiro.


"Para estampar sua marca no uniforme dos "Bleus", a fornecedora norte-americana pagará US$ 63,3 milhões (R$ 107,6 milhões) a cada ano".


Particularmente, prefiro a Adidas à Nike e/ou outro qualquer fornecedor esportivo. Não sei se meu gosto é fruto de propaganda ao longo desses 24 anos de vida. Porém, sempre gostei dos uniformes da empresa alemã, que recentemente comprou a Reebok e viu sua rival norte-americana adquirir a inglesa Umbro. No ano de 2007, a Adidas lançou sua linha de uniformes para o futebol, e particularmente, deixou a desejar* EM COMPARAÇÃO COM AS OUTRAS MARCAS. Espero que arregace em 2008.

O título do post é bem pertinente quando vemos o Palmeiras, por exemplo, durante as reformas dos vestuários valorizar suas raízes históricas com a Itália. A França, era uma das meninas dos olhos da Adidas, juntamente com a seleção do país de origem da empresa, Argentina e Espanha - já que a italiana Puma domina as seleções africanas e alguns países do leste europeu.

A relação Bleus/Adidas era uma das mais antigas e constituía uma identificação com um mercado consumidor mundial. Quem não lembra do Henry, patrocinado pela Nike e que usava chuteiras da concorrente.
Está chegando ao fim uma feliz parceria que engrenou uma série de outras entre a marca e seleções/times. Quem hoje se dá um luxo de não imaginar os confrontos entre as marcas que já estão se fixando ao longo dos anos entre: Brasil x Argentina, Boca x River, Palmeiras e Corinthians, Flamengo e Fluminense, Barcelona x Real Madrid, Japão x Coréia do Sul e Milan x Internazionale.

Ainda há raros contrastes entre as marcas no cenário econômico. A Nike tem dificuldade em entrar na Alemanha, terra natal da Adidas. Em contrapartida, a empresa alemã tem um forte mercado no Soccer norte-americano - lar da Nike - e encontra um abismo gigantesco para firmar sua marca na terra da Rainha.


"Antes da França, a Nike tinha feito investida sobre a Alemanha, que usa Adidas. No ano passado, a empresa ofereceu US$ 80 milhões (R$ 136 milhões). Não levou, apesar de a federação alemã reconhecer que o valor era superior ao que recebia da marca concorrente."


A fusão e/ou compra de empresas menores caracteriza mais um processo econômico da Globalização. As fusões das multinacionais citadas, encaminha o futebol para uma bipolaridade (minha professora de história ficaria feliz em me ver lembrando dessa época) das marcas. Ruim? Bom? Não tenho ainda muitas informações ao respeito!
Mas, temos que ter cuidado com a tradição dos clubes, independente dos valores "globais".

Acende-se uma luz amarela na Adidas, com a perda da seleção Francesa. Então, que compre o direito de patrocinar a seleção canarinho, já que a Nike paga dinheiro de pinga mesmo.


"A confederação brasileira recebe da Nike US$ 12 milhões (R$ 20,4 milhões) anuais, um valor 5,3 menor que o destinado aos europeus pelo acerto".


Seria para mim um sonho particular em ver a seleção com uma camisa digna da sua história. Se bem que, o novo modelo 2008 é simplesmente a melhor que a Nike fez de qualquer clube/seleção em sua história. Estão de parabéns.

Meu medo é se nesses 20 milhões que a empresa do tio Sam paga a CBF está incluso o gole do santo!


Duvido!



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*Não publicarei as fotos, é só você acessar/assistir o futebol de qualquer parte do mundo.

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