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Maldita digital

O título é o que mais importa, mas temos a memória e a oportunidade em vida de fazer tudo que será posto logo abaixo.

Como disse há uns posts abaixo, me mudei para o maior bairro italiano de São Paulo, quiçá do Brasil. A conseqüência dessa mudança foi o afloramento gigantesco da minha paixão pela cultura italiana. Não sei explicar, mas só o fato de torcer pelo Palmeiras não exemplifica o quanto sou fissurado nessa cultura. Agora, aguentem minhas idas e vindas na Rua Javari.


Vamos ao relatos do fim de semana.


Sábado recebi uns amigos de Campinas (onde faço faculdade) para passar o fim de semana em casa. No sábado levei os moleques para gastar a grana no Brás* e na Luz, e, claro conhecer o centro da cidade e seus marcos. Se não fosse o atraso das obras do gramado do Palestra iríamos no jogo contra o Guarani - graça a Deus há males que vem pra bem, e vocês verão o por quê!

Depois de muito andar, lá pelas 17 fomos na loja Nike (que normalmente vende coisas baratas, mas que devido as compras de fim e início de ano ainda estão caras). No grupo tinha um bugrino, que já é quase de casa e um que se dizia Gambá, é claro que não poderia deixar de levar o meliante à São Paulo e não mostrar o Palestra Itália, mesmo que fosse por fora.

Lá pelas 18h, chegamos na entrada da Matarazzo e perguntei pra um cara cara da portaria se estava acontecendo visitação e se tinha horário pra hoje (sábado) - pra mim, perguntei na maior inocência, já esperando que o cara dissesse que era do dia tal da tal hora até tal hora. Eis que para minha surpresa ele diz que era pra ir na entrada da Turiassu que estava tendo. Puta sorte do caralho. Pois, quando cheguei lá peguei a última turma de visitação.

Entramos pelo clube, que é simplesmente lindo por dentro, e logo de cara adentramos na sala de troféus.


Meu Deus!


Meu amigo disse que meus olhos não paravam de brilhar. Não parava de ver todas aquelas taças (e só tem na sala 20% delas), dos Brasileiros, Libertadores, Ramón de Carranza, Paulistas, etc...

Não parava de falar dos títulos para meus amigos, e o gambazinho ficou fissurado, queria tirar fotos de tudo com o celular. E aí vem o título do post.
Como o sábado não tinha muitos pontos para andar, era mais fazer compras e mostrar o centro. E, passar no Palestra foi meio que um acidente o cara não levou a digital.
Como eu me arrependo do fundo da minha alma.

Pois bem, o tour continuou...


Da sala de troféus fomos ao estádio. Na hora mandei o gambá esvaziar os bolso pra ver se ele não tinha levado nenhum troféu.

No estádio deu pra reparar que os bancos de reservas estão quase pronto, só faltando os bancos estofados e pintar. Já os dos jornalistas que ficarão atrás dos gols, pra mim está muito perto do gol, e sabendo como essa mídia nojenta trabalha é capaz de um jornalista sair correndo e tirar um gol do Palmeiras.
A grama não deu para reparar bem como estava, mas relaxem que o melhor está por vir.
Das arquibancadas saímos e fomos no fosso conhecer os inúmeros espaço que tem embaixo da arquibancada, como boliche, judô, bocha, etc...

Perguntei se o grupo de visitantes iria entrar nos vestiários e o Fábio (guia) disse que não. Na hora eu desanimei, mas o brilho nos meus olhos ainda estava a todo vapor.

Voltamos ao fosso e entramos num espaçinho da PM. Quando entramos vimos que tinha uma porta que levava ao túnel do time adversária ao gramado. Enquanto o cara estava explicando lá, eu, meus amigos e mais uns 5 saimos e entramos no gramado.

Quase tive um infarto, foi uma emoção gigantesca, fantástica, pisei no gramado, fui até o gol do placar e abrir os braços imitando o Marcão.

Foi show de bola, isso tudo em questão de segundos, pois o guia poderia nos dar uma bronca. Foi quando voltamos, o cara e o grupo tinha sumido completamente, parecia que a terra tinha engolido eles. Fomos correndo atrás deles pelo fosso e nada, até as piscinas, e nada! Sobre as piscinas, tem muuuuuuitas lá.

Estávamos sozinho no estádio, sem ninguém, sem guia sem nada.


Fazer o que? Fomos dar um conferida no novo vestiário, quando chegamos à frente da entrada estava aberto e sem ninguém. Meu San Gennaro, que emoção. Entramos e logo de cara vimos a nova sala de imprensa do estádio e tirei uma foto com o celular na cadeira do Luxa. Passeamos lá dentro para os vestiários do Palmeiras, vimos todos os armários, banheiro (inclusive tive que usar, pois a emoção era tanta que esqueci de tirar a água do joelho), vestiários do time adversário, dos juízes, a sala de bate-bola com a frase em italiano, sala da PM, dos radialistas, e voltamos de novo pro campo para rever toda a magnitude do Palestra Itália. Só uma observação, os símbolos do Palmeiras e do Palestra Itália que ficavam atrás dos gols vão continuar lá, só que será elevado e não mais no nível do chão. Será parecido com a Pipa que tem no chão do panetone, ou seja, inclinado.

O medo de ser pego, e levar um bronca daquelas, fez com que saíssemos logo dali, antes mesmo que o cheiro de tinta nos deixassem loucões.

Que sensação inexplicável eu senti. Nunca sairá da minha mente o arrepio de estar por dentro do clube que tanto amo.

Segue logo abaixo uma reportagem da Band que pode dar imagens a tudo que vi, mesmo que seja só surperficialmente. Algumas poucas fotos estão na seção Imagens no lado esquerdo do blog.




O gambá do meu amigo está pensando seriamente se continua torcendo e sofrendo pro timeco da Marginal sem número, de uma coisa ele já pode se gabar pra qualquer outro gambá: já viu um estádio por dentro!


Isso só foi sábado, no domingo eu tenho que dizer do prazer que foi ver um jogo na Rua Javari, xingar o Vampeta e Márcio Careca, e de conhecer o maior locutor que já vi, Osmar Santos.
Aguardem...




*Na loja que já postei sobre a camisa retrô do Palmeiras achei uma retrô da Sampdoria dos anos 80, por R$ 29,99.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito Legal mesmo David, só de ler seu relato pela 2ª vez, fico emocionada também!!
Queria estar com vcs nesse dia, mas isso mostra que podemos visitar e conhecer melhor o Palestra, ver os detalhes que não vemos em dias de jogos!!
Parabéns p/ nós!!