O palmeirense Abrhaão Silva, achou um perfeito texto que faz um papel de julgamento sobre o fato do bendito gás (?) ocorrido no jogo de domingo passado. O texto do Abrhaão é do site O Ninho da Coruja e retrata de forma bem didática de como entender como essa história tem vários furos.
E olha que de furos os são-paulinos entendem bem.
Para aqueles que ainda não têm opinião sobre o assunto, aqui vai um bocado de singelas perguntas que qualquer um deve se perguntar antes de engolir essa história. Engolir? Ou seria inalar?
A respeito do episódio sobre o tal gás de pimenta que contaminou de maneira indevida e repugnável o vestiário do São Paulo no Palestra Itália no último domingo, penso o seguinte:
Não sei quais são as medidas do vestiário, mas imagino que para abrigar uma equipe inteira de futebol, incluindo reservas e comissão técnica, não deve se tratar de um espaço muito acanhado.
Vamos imaginar aqui que um torcedor tenha conseguido furar a revista policial na entrada e, assim, tenha entrado no estádio com o gás pimenta. Muito bem, ninguém em perfeito estado de equilíbrio mental, leva gás pimenta ao estádio. Portanto, estamos falando aqui de um sujeito, no mínimo, mal intencionado. Possivelmente já tinha na cabeça o plano malévolo de atacar o vestiário do São Paulo antes do intervalo.
Esse torcedor, além de carregar gás pimenta, burlar a revista policial e levar até o estádio um plano de ataque ao vestiário do adversário, certamente conhece bem o estádio do Palmeiras a ponto de saber qual é a janela certa para atacar. Se atacou pelo duto de ventilação, meu Deus! Vai entrar pra equipe do George Clooney no próximo "Onze Homens e Um Segredo" (aliás, esse nome pode vir bem a calhar pra essa história...)
O sujeito deve ter contado com a ajuda de amigos durante o ataque, já que precisaria de alguém, no mínimo, para encobrir a ação. Já que a idéia era atrapalhar a equipe adversária no intervalo de jogo, imagino que o cidadão deva ter descido com o aparato pouco antes do intervalo e despejado o tubo inteiro (pra contaminar um vestiário!) pela janela. Isso tudo sem ninguém ver ou deixar pistas. Lembre-se que estádio estava abarrotado. Para alguém fazer uma cagada dessas sem ser notado, só sendo um ninja.
Possivelmente o ataque foi feito por dentro então. Aí temos duas possibilidades:
Ou o cara era um ninja mesmo para entrar e sair de uma área vigiada sem ser notado, ou então alguém facilitou sua entrada. Fez que não viu.
Considerando que só a segunda hipótese parece realmente factível, não trataria-se de um aventureiro com bons contatos. O sujeito, neste caso, seria parte de um plano que contou com a colaboração de "N" outras pessoas. Com tantos contatos assim, seria bem pouco inteligente fazer alguém carregar spray de pimenta para dentro da área dos vestiários. Para quê correr esse risco todo?
Acreditem: o artefato que disparou o gás de pimenta já estava dentro dos vestiários e foi disparado com toda a calma e cuidado para que o ambiente fosse devidamente infectado.
Obviamente que isso não foi obra de algum maluco fã de filmes de aventura. Foi armado. Quem poderia fazer algo do tipo e os motivos que teria:
1. O Palmeiras
Porque precisava desconcentrar o adversário e ganhar o jogo a todo custo, arquitetou um ataque com gás pimenta no vestiário do adversário. O gol de mão do Adriano não havia descido, as declarações do Marco Aurélio Cunha ao longo da semana irritaram, o jogo era de vida ou morte. Não importa. A idéia seria "envenenar" o adversário e danem-se as consequências.
E mesmo vencendo o primeiro tempo, ninguém sequer cogitou suspender o plano. Seguiram.
Quais seriam os óbvios prejuízos, já que a culpa (de imediato) seria creditada ao clube?
- Mandaria rio abaixo todo esforço da diretoria do Palmeiras em mostrar as plenas condições de segurança do Palestra Itália para realizar grandes jogos;
- Colocaria em xeque o profissionalismo da direção do Palmeiras;
- Daria ao São Paulo argumentos e razões para nunca mais pisar ali;
- Encheria os diretores do São Paulo de razão;
- Poderia provocar uma interdição do estádio, fazendo com que o time jogasse a finalíssima longe de sua torcida;
Vejamos o segundo suspeito:
2. O São Paulo
Depois de ganhar o primeiro jogo com a ajuda da arbitragem, o Tricolor sabia que passaria por sérios apuros no território inimigo. Questinou a segurança e condições do Palestra Itália desde o primeiro minuto após a decisão da FPF e evocou toda a estrutura do Morumbi. Como o foco do time é a Libertadores e o título paulista não soa como grande coisa, o plano poderia ser o seguinte: se virarmos perdendo, vamos tumultuar. Alguém entra lá e dispara o gás de pimenta. A gente volta para o gramado, faz cena pro Brasil todo, diminui a vitória do Palmeiras e nunca mais pisamos aqui. A culpa vai cair toda em cima do Palmeiras e acabou pra eles. Nem a final vão jogar em casa.
Quais as possíveis conseqüências para o São Paulo?
Quase nenhuma. Caso alguém descobrisse, a imagem de profissionalismo do clube seria arranhada e a diretoria do Palmeiras se encheria de razão. Isso, caso alguém descobrisse.
Agora, não parece estranho que em tantos anos de futebol no Palestra Itália a única pessoa que alegou ter apanhado de torcedores na saída foi justamente o goleiro reserva do São Paulo, que também afirmou ter levado uma "pilhada" que, comprovadamente, não foi jogada?
Não parece estranho que em tantos anos, justamente o vestiário do São Paulo tenha sido atacado com substâncias "tóxicas". A história, que eu me lembre, não registra nenhum incidente, fosse com "pó de mico" no vestiário de qualquer adversário do Palmeiras. Por que seria agora, num jogo tão visado e vigiado? Estranho, não?
E por que, afinal, o São Paulo não quis tomar banho nos vestiários, mesmo após o Palmeiras ter feito a limpeza do tal gás? Esquisito.
Foi um fato lamentável e que precisa ser investigado. Até que provem o contrário, todos são culpados.
A física prova que qualquer gás é mais leve do que o ar e as saídas de ventilação/exaustão estão cerca de 3M acima do chão. Com isso, caso o gás tivesse entrado por ali, ele não desceria e permaneceria pairando no alto sem incomodar até se dissipar.
Engraçado já terem "câmeras a postos" para filmar.
Para quem conhece relativamente bem o Palestra (como eu), sabe que é praticamente impossível ter vindo de fora, pois um gás se dissiparia bem antes de atingir o vestiário. As saídas dutos estão a cerca de 5 metros de altura e o vestiário é bem grande, o que torna (tecnicamente) praticamente impossível a ação de um gás vindo de fora, pois eles se dissiparia antes de incomodar alguém, além de ser mais leve que o ar e não descer. Além disso, a boca do exaustor é lacrada com gradio de trama fechada, de modo que sequer colocar a mão para dentro do duto seria possível.
O que não está certo que vai dar errado? Quem falou isso?
- Por que tantos seguranças cercando o vestiário?
- Por que uma câmera filmava o exato momento que o gás foi soltado?
- Por que hoje, menos de 24h depois do incidente, o São Paulo já tinha um DVD, devidamente encapado, que foi distribuído para toda imprensa?
- Por que logo após a soltura do gás, algumas pessoas chamam desesperadamente a imprensa?
- Por que só alguns atletas tossiram?
- Por que o Palmeiras faria algo do gênero?
Homo sapiens de plantão tirem suas próprias conclusões!
5 comentários:
E veja a pressa dos diretores Bambis em querer processar o Luxemburgo só porque ele disse que o SP PODE ser suspeito também.
Isso lembra minha época de criança quando eu fazia algo errado e falava: "não fui eu! Não fui! Foi a minha irmã! Foi a minha irmã, que eu vi! Bate nela!"
Infantis demais!
Esse texto, e mais aquele vídeo que os próprios manés do Estação Tricolor colocaram lá, são provas mais que suficentes pra se concluir quem foi, de fato, responsável por essa palhaçada toda.
Bambis do meu Brasil, a casa vai cair, podem esperar...
a midia só esta preocupada em divulgar uma possivel punição ao palmeiras...nada se comenta no caso de uma fraude...eu nao intendo...já que esta tao evidente que pode ser uma grande fraude
Desculpa a invasão, mas esta é para os amigos Palestrinos, também está lá no forza-palestra:
Aos amigos
Era dia dos namorados, mas isso não importava, o que importava é que era decisão e contra o maior rival, estávamos há alguns anos (alguns mais que agora) sem títulos; chamavam de fila, os adversários cantavam – de forma irônica - parabéns em todos os jogos que íamos disputar. Parece que foi ontem, mas foi no ano da graça de 1993.
Quando Evair correu em direção à nossa torcida para comemorar o gol na prorrogação, se ajoelhou e ergueu os braços para o céu parecia que fazia uma reverência para mim (foi bem em minha frente). Naquele momento me lembrei de meu pai e de meus amigos Palmeirenses, por tudo que tiveram que passar naqueles anos de estiagem de títulos. Por todos os péssimos times que tivemos que agüentar naqueles quase dezessete anos de sofrimento.
Agora é diferente, não faz tanto tempo assim (e inda nem ganhamos o título), mas já começo a pensar nas pessoas – que como eu – estão tão angustiadas e são merecedoras dessa conquista. Pessoas que não baixaram a guarda, pessoas que se empenharam e se empenham em manter viva a tradição e a mística Palestrina.
Esse título que virá, tenho certeza disso, não nos tornará nem maiores nem menores do que somos, apenas recolocará as coisas no seu devido lugar; retomaremos o lugar que é nosso por direito, como grande que somos e sempre seremos, pois nossa torcida sabe – e sempre soube - quem somos; sabe – e sempre soube - de nossas tradições; mas, principalmente, sempre soube que cedo ou tarde o GIGANTE DESPERTARIA.
Amanhã, no primeiro jogo da final, não estarei no estádio, estarei em minha casa sozinho vendo esses onze guerreiros darem o primeiro passo para nos colocar de novo no caminho dos títulos que tanto almejamos.
Nesse momento, estarei pensando novamente em meu pai e em quanto ele sofre pelo Palmeiras, nos amigos da mídia Palestrina (mesmo não conhecendo pessoalmente a maioria deles) que tanto fazem para manter viva a tradição e a mística Palestrina, e nos amigos da arquibancada (alguns deles estarão em Campinas) que como eu sofrem, mas perseveram.
A estes todos – os que estarão no estádio e os que estarão vendo pela TV – meus votos de boa sorte, mas – principalmente – meus votos de amizade e respeito, pois todos de alguma forma têm parte neste título (que não virá amanhã, teremos mais uma semana de espera) e o merecem. O título virá e será o primeiro de uma série de muitos, e virá (com certeza) em casa, como deve ser.
Forza Palestra!
Forza Torcida que Canta e Vibra!
Ademir que texto do caralho.
Pena que não vi antes, senão teria uma espaço aqui no Carcamanos.
Esse ano será o ano do porco!
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